P. Diddy é liberado das acusações de tráfico sexual, mas enfrenta condenação por crimes menores!

O rapper e empresário Sean "Diddy" Combs, popularmente conhecido como P. Diddy, foi inocentado da grave acusação de tráfico sexual, mas recebeu condenação por duas violações da Lei Mann, que proíbe o transporte de indivíduos para propósitos de prostituição.

M.Zaccaria

7/2/20252 min read

O júri decidiu que o rapper não teve culpa no tráfico, mas o considerou culpado de incentivar a prostituição.
Rapper Diddy comparece à Justiça em caso de alto perfil por tráfico sexual

Nesta segunda-feira, 5, o rapper Sean "Diddy" Combs — também conhecido como P. Diddy — comparecerá ao Tribunal do Distrito Sul de Nova York para participar da etapa de seleção do júri, que dará início a um dos casos criminais mais midiáticos dos últimos anos.

O artista é acusado de tráfico sexual por sua ex-namorada, a cantora de R&B Cassie Ventura. Caso seja condenado, ele poderá enfrentar prisão perpétua.

Desde fevereiro de 2024, Diddy se tornou réu em 63 processos judiciais, envolvendo acusações de agressão sexual, violência doméstica, tráfico de drogas, exploração sexual e até estupro coletivo. Embora muitas dessas ações ainda não tenham sido incorporadas formalmente à acusação federal, o processo movido por Cassie Ventura — encerrado um dia após ser protocolado, mediante acordo extrajudicial em novembro de 2023 — motivou uma onda de novas denúncias.

Esse episódio funcionou como um catalisador, encorajando outras supostas vítimas a se manifestarem publicamente.

Até o momento, os processos foram abertos por 63 pessoas — 26 homens e 37 mulheres — entre os quais estão aspirantes a músicos, ex-participantes de reality shows e pessoas ligadas à indústria do entretenimento.

Início do julgamento

Na manhã desta segunda, Diddy será escoltado por agentes federais até o tribunal federal em Lower Manhattan. Ele deverá comparecer à sala de audiências do juiz distrital Arun Subramanian às 8h30 (horário local).

O magistrado conduzirá o processo de seleção do júri — conhecido como voir dire — por meio de entrevistas individuais com aproximadamente 150 candidatos previamente filtrados por questionários, com o objetivo de identificar possíveis vieses.

A meta é compor um júri imparcial, formado por 12 jurados titulares e seis suplentes, mesmo diante da intensa cobertura midiática do caso. Para garantir a integridade do julgamento, a identidade dos jurados será mantida sob sigilo — medida comum em processos de alta repercussão — a fim de protegê-los contra pressões externas, ameaças ou assédio.

A seleção do júri deve ser concluída até o fim da semana. As declarações iniciais estão previstas para o próximo dia 12.

As acusações

De acordo com os promotores, Diddy teria usado a estrutura de sua empresa, a Combs Enterprises, para coagir mulheres a participarem de festas sexuais que duravam vários dias, com presença de drogas e profissionais do sexo.

Esses eventos, apelidados pelo próprio artista de “Freak Offs”, teriam sido registrados em vídeo, muitas vezes sem o consentimento das vítimas.

A acusação também aponta que armas encontradas em sua residência estavam com os números de série adulterados, e que Diddy estaria envolvido em outros crimes como sequestro, incêndio criminoso e pagamento de subornos para intimidar testemunhas e dificultar investigações.

Atualmente, ele responde formalmente a cinco acusações: conspiração para extorsão, duas acusações de tráfico sexual e duas por transporte com fins de prostituição.

Para que haja condenação, o veredito do júri deve ser unânime. Caso considerado culpado por todos os crimes, Diddy poderá ser condenado a no mínimo 15 anos de prisão — podendo chegar à pena máxima de prisão perpétua.